sábado, 11 de maio de 2013


MEUS COMENTÁRIOS FEITO NO FORUM SOBRE AS TICS

Os educandos de hoje convivem com a tecnologia a todo o momento, no celular, mp3, dvd, computador, câmera digital, entre outros. Tudo isso faz com que a escola tradicional não os motivem a estudar, da forma que são solicitados. Por este motivo, creio que em curto prazo a escola vai inovar e modificar a dinâmica das salas de aulas, para adequar-se aos novos modos de construir e mediar o conhecimento, com o auxílio de metodologias mais interativas. Acredito que as angústias dos professores ao se depararem com educandos que "não querem nada" com o proposto para estudo, da forma como é apresentado, podem ser aliviadas quando esses profissionais utilizarem mais as tecnologias disponíveis, dinamizando o espaço da sala de aula e do conhecimento.

Hoje, faz parte de o senso comum afirmar que a informação não é mais um objetivo privilegiado da educação. A escola não é mais o principal lugar de aquisição de informação. Com a disfunção acelerada das informações por meio das Novas tecnologias da informação e Comunicação (NTIC) deixaram de ser privilégio de poucos e transformaram-se em parte integrante da cultura mundial. Professores e escolas precisam refletir e selecionar sobre o que realmente devem realizar nessa chamada para educação, como meio de acesso á nova sociedade de informação. Pois, cada educador deve orientar os seus esforços para que não fiquem em um ensino mediado só pelas velhas tecnologias (da lousa ao livro), distanciando de forças sociais que se organizam diante das novas tecnologias. É emergencial que todos nós, sujeitos do processo de ensinar e aprender mobilizem nossos instintos para concretizar projetos que efetivarem uma aprendizagem alternativa à que está dada, com a interação das tecnologias digitais tomando como referência os fatos de que os sujeitos aprenderam no mundo globalizado têm a possibilidade de agir e modificar em tempo real as produções, se tomando parte integrante da construção do conhecimento.

Não só na arte devemos experimentar materiais e técnicas para nos apropriarmos delas e dizer que sabemos fazer algo. Pois para cozinhar não basta ler receitas é preciso tentar preparar o alimento. Mesmo que os primeiros fiquem sem sal, ou meio crus, se não tentarmos nunca aprenderemos a cozinhar. Neymar não se tornou um astro no futebol lendo regras e textos sobre futebol. Ele jogou. E joga. Tenta. Erra e acerta. Devemos tentar experimentar o novo e nos descobrirmos nele, e só assim poderemos com propriedades falarmos sobre o assunto e encontrarmos a sua utilidade em nossas vidas.

DigitalAs TICs, a Escola e o Futuro


Ou… O futuro a Deus pertence.

Está nascendo uma nova maneira de aprender

Enquanto alguns professores se perguntam como é possível recuperar o tempo perdido para poderem se atualizar com relação ao uso pedagógico das TICs, eu me pergunto: e como seria estar atualizado hoje em dia?
A questão do uso pedagógico das TICs remete a uma questão mais ampla ainda: o que os nossos alunos precisam aprender? Onde as TICs entram nessa história?
Os especialistas em currículo passam a vida discutindo esse tema e acabam quase sempre concluindo que o currículo é vivo, dinâmico e deve sempre estar voltado a uma formação que permita ao aluno “adequar-se” a seu mundo. Mas que mundo é esse?
Na verdade, nós não sabemos. E é justamente aí que entra a história das TICs!
Ninguém em sã consciência sabe dizer com relativa precisão como será nosso mundo daqui a três anos. O que dizer então sobre um futuro de cinco, dez ou vinte anos? Muitas profissões deixarão de existir nesse curto período de tempo de apenas três anos, enquanto outras tantas surgirão. A tecnologia se reinventa a cada seis meses. O cotidiano, os hábitos, as relações sociais e econômicas, tudo está mudando muito rápido. Tão rápido que fazer previsões está cada dia mais difícil.
Nesse contexto, o que é estar atualizado? E qual é a importância de estar atualizado? Se o que sabemos hoje poderá não nos servir daqui a três anos, o que servirá, então, aos nossos alunos?
O conhecimento agora está “na nuvem”
Vamos fazer um teste? No quadro abaixo, assinale as ferramentas da Web 2.0 que você conhece. Marque com um X o retângulo que corresponde, aproximadamente, ao tempo que você já conhece a ferramenta. Considere que “conhecer a ferramenta” signifique saber usá-la pelo menos de forma básica e para si mesmo (não é necessário que você saiba usar a ferramenta com os seus alunos, ou que a tenha usado com eles):
Ferramenta (*)
1 ano
2 anos
3 anos
+ de 3 anos
Twitter
YouTube
Google Docs
Delicious
Slideshare
Skype
Google Reader
WordPress
FaceBook
Moodle
(*) Essas ferramentas são as dez mais utilizadas no ensino, segundo levantamento do “Centre for Learning & Performance Technologies” junto a profissionais que utilizam TICs na educação. Essas dez ferramentas são as primeiras da lista das 150 ferramentas mais usadas por esses profissionais. (link visitado em 19/01/2011)
Agora “some” os “Xs” de cada coluna e olhe bem para os números. É muito provável que você não some 10 em nenhuma coluna, e é bem provável que a soma vá diminuindo, de coluna para coluna, no sentido da esquerda para a direita, na medida em que o período de tempo fica maior.
Não desanime com os resultados se você somou poucos “Xs”, há pelo menos mais 140 ferramentas bastante usadas por educadores e que poderiam ser colocadas nessa lista e, francamente, ninguém assinalaria nem metade desse total de 150 ferramentas. Além disso, a cada dia surgem várias novas ferramentas!
Então, se um dia você sonhou em se atualizar de forma a conhecer suficientemente bem todas as ferramentas da Web 2.0, para somente então poder escolher quais usar, esqueça! Isso já não lhe pertence!
Mas então, qual é a solução? Como podemos nos preparar para o uso das TICs e recuperar o tempo perdido? Como podemos usar as TICs com nossos alunos? E, porque deveríamos usá-las?
Os dez novos mandamentos
Eu não pretendo lhe enrolar dizendo que a solução é muito particular, que cada um deve procurar o seu caminho, etc. etc. Aqui vai a resposta: é preciso mudar os paradigmas!
Já foi o tempo em que você precisava aprender tudo antes para, somente depois, poder ensinar um pouco do que sabia aos seus alunos, ou seja, para “passar” o seu conhecimento para eles. Os novos paradigmas de que você precisa são bastante diferentes daqueles que você tinha quando aprendeu com seus velhos professores. A seguir vão 10 “novos” (talvez nem tanto) paradigmas de que você precisará para os dias atuais
1.   Aprender  enquanto utiliza, e utilizar enquanto aprende!
Você não precisa de um curso para aprender a usar o Twitter, o YouTube, o Google Docs ou as demais ferramentas para, somente depois, poder utilizá-las. Você só precisa começar a usá-las e, então, precisa entender que é utilizando-as que você aprenderá a utilizá-las cada melhor.
2. Aprender errando e corrigindo!
As ferramentas da Web 2.0 e as TICs em geral “admitem o erro como parte da aprendizagem”, por isso não se preocupe em fazer tudo certo já da primeira vez (ou da segunda, ou da terceira). Se você errar, não tem problema, não tem punição, você aprendeu! Se não der certo na primeira vez, tente de novo.
3. Explorar novas maneiras de aprender!
A aprendizagem das novas tecnologias e suas ferramentas não é linear. Não há mais “um passo antes do outro”. Assim como você pode navegar na internet por links (hipertexto!), você também pode aprender em pequenas doses, em passos não sequenciais, explorando o que lhe parecer melhor naquele momento e criando seu próprio percurso de aprendizagem. Entenda isso como uma hiperaprendizagem.
4. Integrar-se às redes sociais e aprender colaborativamente!
Há livros, manuais, tutoriais e mesmo cursos para se aprender qualquer coisa que você quiser, e todos eles estão disponíveis na internet, mas a forma mais eficiente de aprender algo que você ainda não sabe, e nem sabe onde encontrar a resposta consiste simplesmente em “perguntar para outras pessoas”! Quer dar seus primeiros passos no Twitter e não sabe por onde começar? Comece perguntando para alguém que já sabe! O conhecimento não está mais apenas nos livros, ele também está nas pessoas!
5. Explorar possibilidades e ser criativo!
Você pode ler muitos livros sobre o uso de certa ferramenta ou TIC, pode assistir a palestras, participar de simpósios, congressos, redes sociais, etc., e trocar ideias com pessoas que já utilizam essa ferramenta ou tecnologia. Tudo isso irá lhe ajudar bastante a aprender sobre o uso das TICs, mas você poderá obter resultados ainda melhores se o tempo todo perguntar para si mesmo coisas como: “o que eu posso fazer com isso? Como eu posso usar o Twitter para mim mesmo? E com os meus alunos?”. Só você conhece melhor que todos os outros a sua realidade, as suas necessidades e os seus próprios desejos.
6. Ser autônomo, não esperar passivamente por ajuda e nem desistir sem antes tentar!
Há pessoas que desistem de algo sem nem mesmo tentar antes. Ficam eternamente à espera de alguém que lhes mostre todos os caminhos, que lhes dê todas as respostas (corretas!). Não seja uma delas. Respostas perfeitas e pessoas que as saibam dar já não existem mais. Se tiver uma ideia que “gostaria que desse certo”, tente programar-la. Se algumas tentativas falharem, não desista, isso não se chama “fracasso”, chama-se “aprendizagem”!
7. Aprender a ter prazer na aprendizagem!
Assim como os alunos não aprendem facilmente aquilo que eles desgostam, os professores também reagem da mesma forma. Só aprendemos coisas que queremos aprender, coisas que nos dão alguma satisfação, algum prazer, quando a aprendemos. Por isso, se você não aprender a ter prazer em dar uma aula melhor usando um novo recurso, nunca vai aprender a usar o recurso, e nem vai melhorar sua aula. E o que é pior: se você não aprende com prazer, então também não ensina com prazer e, por isso mesmo, não desperta o prazer no seu aprendiz. Tudo o que fazemos apenas por obrigação acaba caindo na vala comum da mediocridade. Ensino é paixão e o professor apaixonado pelo bom ensino é a melhor tecnologia que existe para ensinar.
8. Aprender a compartilhar conhecimento, dúvidas e sonhos!
Não basta aprender, não basta ser capaz de fazer; é preciso “fazer de fato” e compartilhar o conhecimento para que outros aprendam e façam. É preciso sonhar grande! Se você aprendeu como usar o Twitter, experimentou usá-lo e até já colecionou algumas dicas, então é hora de usar o potencial dessa ferramenta para compartilhar! Compartilhar seu conhecimento sobre a ferramenta, mas não só isso, pois agora você poderá compartilhar uma infinidade de outros conhecimentos usando essa ferramenta como instrumento de ensino. Você também faz parte da construção dos novos conhecimentos.
9. Aprender a ensinar o outro a aprender a aprender!
Para “estar atualizado” não é preciso ter “todas” as informações, mas é preciso aprender a encontrá-las, compreendê-las, utilizá-las, modificá-las, expandi-las e compartilhá-las. E é exatamente isso que precisamos ensinar às novas gerações! E não é nada fácil ensinar ao outro aquilo nem nós mesmos sabemos; por isso precisamos aprender a aprender antes de tentar ensinar isso aos nossos alunos. Se você mesmo não se sentir capaz de aprender, nunca vai desenvolver essa competência em seus alunos.
10. Aprender a estar eternamente insatisfeito!
Se você acha que esses “novos” paradigmas vão resolver o seu problema, se acha que eles bastam, ou apenas concorda com eles, sem ressalvas, então, talvez você não tenha entendido nada! Todos esses paradigmas juntos significam apenas que cabe a você compreendê-los, aplicá-los, reformulá-los, ampliá-los, reconstruí-los e, então, compartilhar com outros a “sua versão” deles. Os aceites apenas como um desafio para que você mesmo possa reescrevê-los e compartilhá-los com outras pessoas.
Na verdade nós não precisamos saber como será o mundo daqui a vinte, dez, cinco, ou mesmo três anos, para sabermos o que e como ensinar aos nossos alunos. Nós já sabemos tudo o que é preciso saber: é preciso ensinar os alunos a aprenderem! E eles precisarão aprender sempre; precisarão descobrir soluções para problemas que nem eles, nem nós, imaginamos que surgirá um dia. Eles terão que agir no tempo deles exatamente como nós precisamos agir agora, diante de um mundo que jamais sonhamos, onde as “inovações” são muito mais rápidas do que nossa capacidade de compreender e dominar todas elas, e onde, mesmo assim, precisamos ser atores e não meros espectadores.
As coisas mudam...
É curioso notar aqui que nossos alunos já assimilaram grande parte desses “novos” paradigmas, já utilizam grande parte das ferramentas que ainda desconhecemos, mantêm-se abertos às novidades, experimentam, tentam, erram e tentam de novo, buscam ajuda e compartilham aquilo que sabem. Enquanto isso, muito de nós, seus professores, teimamos em rejeitar as novas possibilidades que as TICs nos oferecem ou, simplesmente, as ignoramos. Nossos alunos estão passando a perna em nós, descaradamente!
Assim como na construção dos currículos para nossas aulas, nós, professores, precisamos também fazer escolhas sobre nosso próprio currículo, e precisamos entender que ele estará eternamente em construção. Integrar-se às TICs e incorporá-las em nossas práticas cotidianas e pedagógicas é parte do nosso próprio currículo atual, e já não podemos contar com nossos velhos professores para nos ajudar com isso!
Uma das possibilidades é nos fazermos de tontos e fingirmos que nada está acontecendo de novo, que nada está mudando, que podemos ser sempre os mesmos e o mundo não se importará conosco da mesma forma como parecemos não nos importar com ele. A outra é nos lançarmos ao desafio do novo, ao grande desafio de aprendermos como se aprende nesse novo mundo, para podermos, somente então, ensinar nossos alunos a aprenderem a aprender.

Referências na Internet:

·         The Top 100 Tools for Learning 2011 List: Uma listagem com a 150 ferramentas mais utilizadas por professores e profissionais do ensino. (visitado em 19/01/2011)
·         Quais habilidades em tecnologia os professores devem ter em sala de aula?: artigo publicado no “Estadão .Edu”. (visitado em 20/01/2011)
·         Habilidades do século XXI: excelente artigo do Prof. Pedro Demo, PhD da Universidade de Brasília, abordando as habilidades que o professor e o aluno devem ter no século XXI.






Nenhum comentário:

Postar um comentário